Segundo as investigações da PF, os valores repassados por Lyra seriam fruto de desvios ocorridos na construção da Refinaria Abreu e Lima, no Complexo Industrial e Portuário de Suape (PE). A refinaria também é investigada pela Operação Lava jato, que apura desvios e corrupção na Petrobras, responsável pelo empreendimento.
Ainda segundo a PF, Lyra se apresentou como o único comprador do avião Cessna Citation PR-AFA que caiu em agosto de 2014 em Santos (SP), além de ter assinado o Termo de Intenção de Compra da aeronave Cessna Citation PR-AFA.
A atuação de Lyra no esquema teria sido confirmada pelos depoimentos dos ex-funcionários da empreiteira Camargo Corrêa Gilmar Pereira Campos e Wilson da Costa. O esquema teria sido viabilizado por meio de um contrato fictício com a Construtora Master, visando a terraplenagem no terreno da refinaria. O serviço, porém, nunca foi executado.
Além de atuar no esquema montado conjuntamente com a Camargo Corrêa, Lyra também teria montado empresas de fachada para operar recursos originários da construtora OAS. Somente entre 2010 e 2014, a PF rastreou cerca de 90 transações entre a OAS e as empresas ligadas ao empresário pernambucano que teriam movimentado cerca de R$ 14 milhões.
A defesa de Lyra nega a existência de irregularidades e o PSB informou que tem plena confiança na “conduta sempre íntegra do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos e o apoio incondicional ao trabalho de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, esperando que resulte no pleno esclarecimento dos fatos”. Já o senador FBC, reafirmou que “não é investigado na operação Turbulência” e que atuou como coordenador de “nenhuma campanha de Eduardo Campos”.
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