Em Londres, há quatro anos, os brasileiros trouxeram um total de 17
medalhas, o maior já obtido. Mas o país ficou apenas em 23º lugar no
geral, com metade do total de medalhas acumuladas pelo décimo colocado, a
Austrália (que levou 35).
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No
último dia 2, a empresa de análise de dados holandesa Infostrada Sports
divulgou sua mais recente projeção para o quadro de medalhas da Rio
2016. Nela, o Brasil aparece no top ten, com os analistas projetando um
total de 22 medalhas (nove de ouro, oito de prata e cinco de bronze). Há
quatro anos, a empresa projetara 16 medalhas para o Brasil na
Londres-2012.
A ex-jogadora e agora dirigente Behar deposita
confiança no que classifica de "ciclo inédito" no que concerne os
recursos destinados à preparação dos atletas - um total estimado de mais
de R$ 1,3 bilhão. Isso apesar de um 2015 com resultados aquém do
esperado em modalidades que costumam ser responsáveis por pódios
olímpicos frequentes.
O exemplo mais contundente foi o vôlei
masculino; a seleção comandada pelo técnico Bernardinho sequer ficou no
pódio da Liga Mundial, a mais importante competição antes da Olimpíada.
"Este
é o ciclo em que houve o melhor investimento na preparação olímpica
brasileira, justamente porque sabemos da importância que esse Jogos
Olímpicos terão para o esporte brasileiro. Nós sabemos que não é uma
meta simples e que resultados estão sujeitos a uma série de fatores. Mas
a meta continua e acho que as condições de atingi-la foram dadas aos
atletas. Eu adoraria ser mais nova para poder usufruir do que os atletas
brasileiros hoje tiveram à disposição", diz ela.
'Número mágico'
Segundo
as projeções da Infostrada, os pódios brasileiros no Rio não virão
apenas de esportes de força no Brasil, como vôlei de praia, iatismo e
judô. Contam com brasileiros conseguindo medalhas em modalidades
inéditas - como um ouro no tênis, graças do sucesso dos jogadores de
duplas Marcelo Melo (número um do mundo em duplas) e Bruno Soares
(recentemente campeão do aberto da Austrália ao lado do britânico Jamie
Murray).
Há previsão também de ouro na maratona aquática
de 10 km, com Ana Marcela Cunha. E prata na canoagem de velocidade, com
Erlon de Souza e Isaquias Queiroze. Outra aposta é o bronze de Aline
Ferreira, na luta livre (categoria até 75 kg).