Pessoas ligadas à empresa são rés em processo que surgiu na Lava Jato.
Informações da Suíça foram enviadas para o Brasil de maneira incorreta.
O juiz federal Sérgio Moro determinou a suspensão do prazo para as alegações finais da defesa na ação penal que envolve a empreiteira Odebrecht. A decisão é desta terça-feira (2) e foi tomada porque, conforme Moro, a Justiça da Suíça considerou irregular o envio ao Brasil de informações sobre contas da empresa que teriam sido usadas para pagamento de propina a diretores da Petrobras.
A apresentação das alegações finais é o último trâmite do processo antes da sentença do juiz.
De acordo com o documento da Justiça suíça, divulgado pelo Ministério Público Federal (MPF) já traduzido, é necessário verificar se o envio dos dados atendeu aos requisitos materiais de auxílio judicial internacional.
Apesar de considerar o envio das informações irregular, a Justiça da Suíça não pede a devolução dos documentos. Também afirma que a Justiça brasileira não pode ser responsabilizada por "medidas falhas de orgão públicos suíços".
Em nota, a assessoria de imprensa do Ministério Público da Suíça afirma que o Tribunal Penal Federal do país entendeu que a remessa dos documentos bancários da Odebrecht precisa "ser submetida a um processo de ratificação". Até o momento, as provas da Lava Jato enviadas para o Brasil não foram invalidadas. (Veja íntegra da nota abaixo)
Para o MPF, a decisão da Justiça Suíça não interfere na denúncia apresentada e representa uma derrota judicial para a Odebrecht, que terá direito a "apenas" um recurso inte